quarta-feira, 22 de julho de 2009

Infidelidade



Resolvi escrever sobre esse tema tão presente na nossa sociedade em todos os tempos!
A cultura ocidental prega a fidelidade como critério num relacionamento, e principalmente num casamento. Mas o que posso constatar no dia a dia do consultório através dos relatos das minhas pacientes, através de materias em revistas, reportagens na televisão, confissões de amigos e sobretudo pela minha experiência pessoal, é que cada vez mais homens e mulheres estão "pulando a cerca".
Mas porque isso acontece? O sexo masculino tenta justificar seu comportamento infiel atribuindo ao instinto a necessidade de se relacionar sexualmente com mais de uma perceira. Ser "macho" para muitos homens significa manter relacionamentos paralelos. Já ouvi muitas vezes que o homem trai por necessidade física, sem envolvimento emocional.
O percentual de mulheres que traem vem aumentando visivelmente nos últimos tempos. Atualmente muitas mulheres conquistaram independência financeira, emocional, e se permitem experimentar comportamentos ditos "masculinos".
Antigamente o papel da mulher no casamento era cuidar da casa, do marido, e dos filhos. Atualmente essa mulher está engajada no mercado de trabalho, e não raras as vezes é a mantenedora financeira da família.
Então ela não aceita mais ser "invisível" aos olhos do parceiro, e muitas vezes busca um affair para satisfazer suas carências. A mulher contemporânea, faz sexo por sexo, e não apenas por amor.
O machismo do homem tenta denegrir a mulher que se permite, mas me respondam quem foi que determinou que apenas o macho pode fazer e aconteçer?
Outros fatores que interferem negativamente na monogamia, são a rotina, a acomodação, a falta de investimento no relacionamento, e sobretudo a falta de diálogo.
Um relacionamento afetivo, seja ele namoro ou casamento, requer investimento diário. Cuidar do outro, saber como o outro se sente, o que o outro pensa; saber ceder,. saber elogiar, pensar na mesma direção.
A individualidade deve ser respeitada, afinal ninguém é dono de ninguém, nem é o centro da vida do outro.
Se o homem gosta de ir ao baba com os amigos, porque não pode ir, só porque é comprometido?
E se a mulher gosta de passear no shopping com as amigas, ou ir ao salão, que mal há?
A tendência é que ocorra acomodação, quando o relacionamento é longo, o que pode ser um erro fatal. É imprescindível gostar de si mesmo, investir na aparência, se arrumar, praticar atividade física. Faz bem ao corpo e principalmente a alma.
É importante também reservar momentos para o casal, longe da rotina doméstica e laborativa.
Sair para namorar, fazer uma viagem, ir ao cinema, ou apenas dormir fora com seu parceiro. Isso nutre o afeto, fortalece os laços homem - mulher.
Aos que buscam aventura, lembrem-se que o novo com o tempo torna-se antigo, e vem a rotina novamente. A paixão dura em média dois anos.
Todos envelhecemos e não conseguimos manter o mesmo vigor da juventude. Portanto cultive seu jardim para que ele possa florescer a cada primavera!

6 comentários:

Unknown disse...

esse post vai dar o que falar, beijos.

Raquel El-Bachá disse...

Oi Cris. Adorei esse texto. Já passei pela acomodação e deu vontade de arranjar outro na ocasião só para suprir minha carência. Como não ia ser legal para mim, preferi terminar.
Quanto à infidelidade acho que ela sempre existiu na mesma proporção, só que atualmente tanto homens quanto mulheres se sentem mais à vontade para falar sobre essas experiências.
Beijos.

Chris Carvalho disse...

Concordo com você Quel! Beijo!

Andarilho disse...

Trair por necessidade física é só desculpa. O que a gente não deixa é de sentir atração sexual por outras mulheres (lado reptiliano, mais primitivo do cérebro), mas a escolha de trair ou não, essa é tomada conscientemente.

3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Oi Chris,

Gostei do post. Vc está certíssima, o negócio é cuidar bem do nosso jardim mesmo.

Beijão,

Bela - A Divorciada

Chris Carvalho disse...

Obrigada pela sua visita e pelo seu comentário!