quinta-feira, 17 de junho de 2010

Brasilidade



Bonito testemunhar a paixão que o brasileiro demosnstra
quando o assunto é Copa do Mundo.
Em dia de jogo do Brasil, o país para.
São milhares de torcedores com seus uniformes verde e amarelo.
De crianças a adultos, todos unidos vibrando,
transbordando brasilidade.
Temos a sensação que o país não tem problemas,
que tudo está funcionando perfeitamente.
As desigualdades desaparecem, somos todos iguais.
São 22 jogadores levando nas chuteiras a responsabilidade
de proporcionar ao seu povo um pouco de alegria,
esperança e satisfação.
Gritos, fogos de artifício, e as tão famosas vuvuzelas.
Cerveja gelada não pode faltar.
E haja coração!
Que venha o hexa Brasil!
   

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Lições

É incrível como Deus envia lições de Vida,
e de Superação, através das minhas pacientes.
Ontem foi meu dia de atendimento num posto de
saúde, aonde acompanho gestantes em consulta pré-natal.
A primeira paciente, grávida do segundo filho,
começou a me relatar como foi o primeiro parto dela.
Em 2002, aos 17 anos, Jaqueline, hoje com 23 anos,
deu a luz a um menino, durante a 27ª semana de gestação 
(6 meses).
Ian nasceu com 1030g, e como acontece
com todo recém nascido,
perdeu 10% do seu peso nos primeiros dias de vida,
passando a pesar 830g.
Ficou internado na UTI neonatal por mais de 30 dias.
Ao sair de alta pesava 1800g, aparentemente um bebê normal.
Por ter nascido tão prematuro, precisou de acompanhamento
neurológico e estimulação precoce.
Aos 6 meses de vida, começou a apresentar
crises convulsivas constantes ( mais de 15 por dia ),
e após muitos exames, teve o diagnóstico de paralisia cerebral
e Síndrome de West ( forma grave de epilepsia em crianças ).
Jaqueline me relatou a sua luta para cuidar do filho,
portador de necessidades especiais, as várias idas a emergências,
os internamentos em UTIs , a forma grosseira, fria
e muitas vezes desdenhosas com que alguns
profissionais da área de saúde os trataram em alguns momentos.
Hoje Ian está com 7 anos de idade, não anda, não fala,
se locomove com cadeira de rodas, usa fralda descartável,
aprendeu a mastigar há apenas 3 anos.
É uma criança que precisa de assistência em tempo integral,
por isso a mãe não trabalha, vive para cuidar do menino.
Perguntei a Jaqueline se em algum momento ela se desesperou,
ou sentiu revolta, e ela prontamente me respondeu,
que os quatro primeiros anos foram muito difíceis,
mas que ela se considera uma pessoa especial,
por ter sido escolhida para ser a mãe de Ian.
Explicou que cada avanço, cada conquista do menino
é muito festejada por ela e pela família,
que sempre esteve presente ajudando.
Percebi que Deus estava falando comigo através de Jaqueline,
me mostrando que existem sim grandes dificuldades na vida,
e que eu só tenho a agradecer por ter um filho saudável, perfeito
e que tantas alegrias me traz desde que  nasceu.
Obrigada Jaqueline por ter compartilhado comigo
uma história de amor e superação.