quinta-feira, 30 de julho de 2009

Que País é Esse?





"Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?"




O noticiário relata diariamente fatos desanimadores sobre o nosso querido Brasil.
A impressão que tenho é que está tudo fora do lugar.
Não acredito em desenvolvimento se não acontecerem mudanças estruturais, de base.
O tripé para a melhora dos indicadores sociais, na minha opinião, são: Educação, Saúde ( Planejamento Familiar ), e Segurança Pública.
O assunto é complexo, compreendo que não se conserta um país com problemas crônicos, e proporções continentais de um dia para o outro, mas a sociedade precisa cobrar dos governantes mudanças, seriedade, compromisso.
Não concordo com o que acontece em relação a educação no país: os professores são mal remunerados, as condições de sala de aula precárias, a aceleração aprova alunos sem base, sem conhecimento.
Posso discorrer de cátedra, sobre o situação da saúde no país: hospitais sucateados, profissionais mal remunerados, número de leitos e equipes insuficientes para suprir a demanda crescente.
É assustador acompanhar o resurgimento de doenças antes sobre controle, como por exemplo a dengue. Faltam medidas de prevenção, capacitação e controle eficazes.
É desumano submeter um paciente, a condições que ferem sua dignidade, como por exemplo ter que pernoitar numa fila na porta de hospital para tentar conseguir uma senha para atendimento.
Planejamento familiar é essencial numa sociedade que almeja se tornar desenvolvida. Vejamos o que ocorre hoje no Brasil: a classe média, e a classe alta, tem em torno de um a dois filhos por família ( e ainda existem casais que optam cada vez mais por não terem filhos), já a classe menos favorecida tem uma prole numerosa.
Adolescentes engravidam cada vez mais jovens, abandonam os estudos sem concluir sequer o primeiro grau, e tem um filho atrás do outro, não raro de parceiros diferentes.
E pergunto, como podem essas adolescentes criarem bem seus filhos? Se muitas vezes não tem referencia familiar, religiosa, e não raro vivem num ambiente cercado de violência!
O terceiro componenete, a segurança pública, de importância indiscutível, requer também um olhar atencioso por parte das autoridades competentes.
Como lidar com profissionais mal remunerados, que vivenciam situações de estresse diário, que põem sua vida em risco no confronto com bandidos de toda espécie?
Sem falar na corrupção, que pelo que temos testemunhado atualmente, está sendo oficializada.
Não me sinto satisfeita em viver num país no qual imperam a impunidade, a injustiça, as desigualdades sociais, a corrupção, aonde tudo acaba em "pizza".
Sou trabalhadora, batalho para viver com dignidade, e fico revoltada ao constatar que mais de 50% do que produzo é revertido em impostos, e esses ( os quais pago religiosamente ) não são usados de forma correta, de forma a beneficiar a sociedade da qual faço parte.
Pago IPTU, IPVA, ISS, INSS, PIS, COFINS, ICMS, IPI, dentre tantos outros "Is", e ainda preciso pagar plano de saúde, previdência privada, escola particular para o meu filho, e viver aterrorizada com medo de virar estatística da violência.
Parece que a sociedade está anestesiada, passiva, não se mobiliza. O pensamento que reina é " ainda bem que não aconteceu comigo, nem com os meus", mas não se enganem meus queridos, deixar por conta da sorte, é sinônimo de correr grande risco.
Não devemos continuar nos fingindo de cegos, sem enxergar a realidade que teima em bater a nossa porta, na janela dos nossos carros, e nas nossas televisões.
O pior cego é aquele que não quer ver!

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