quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Sou Feliz Sozinho

Esse é o título da matéria de capa da Revista Istoé dessa semana. A matéria afirma que pesquisas mostram que há cada vez mais solitários nas grandes cidades, e que eles estão satisfeitos e felizes com essa condição.
Essa tendência é global, ou seja nos quatro cantos do mundo aumenta o número de pessoas que  moram sozinhos.
Morar só, não significa necessariamente ser só, já que interfere nesse conceito a presença dos círculos  de amizades e familiares.
Ter um espaço só seu representa hoje um estilo de vida.
Na minha opinião, assim como em outros departamentos da vida moderna, existem os prós e os contras.
É positivo ter um canto só seu, aonde as coisas funcionam de acordo com a sua vontade, desde a decoração, arrumação, até o programa que passa na televisão e o tipo de comida que tem na geladeira.
Existem determinados momentos que é muito bom dormir sozinho na cama de casal.
Penso que a rotina pode interferir negativamente na vida no casal se não for bem administrada, principalmente a rotina doméstica.
Por outro lado, é bom ter alguém para dividir as responsabilidades, para compartilhar as alegrias, as tristezas, uma refeição, e até mesmo para dormir abraçados nas noites de frio!
Já passei pela experiência de morar com a família, e a do casamento. Atualmente divido meu espaço com meu filho de 7 anos. Confesso que estou curtindo bastante o momento atual.
Faço do meu lar, meu santuário, meu local de paz, aonde reponho as energias, relaxo e me refaço da correria cotidiana.
Sou metódica e organizada, e tenho certeza que a minha casa reflete a minha personalidade.
Não estou fechada a novas experiências e acredito na impermanência da vida, desde que prevaleça sempre o sentimento de realização, de felicidade.
A vida é dinâmica, e de repente tudo pode mudar.
Então que seja sempre para melhor!

7 comentários:

Andarilho disse...

Eu acho que o pessoal anda aprendendo a ser feliz sozinho. Simplesmente pq ser sozinho vai ficando cada vez mais normal.

Chris Carvalho disse...

Melhor ser feliz sozinho, do que infeliz acompanhado!

Anônimo disse...

Oi Cris,
Isso que está acontecendo é fato! Tenho 35 anos, ja fui casado (com 26 anos, durou 10 meses), tentei outros relacionamentos (depois do divorcio), mas sem sucesso, e desde entao estou sozinho. Fui criado por pessoas que me ensinaram que a família seria como uma empresa... o homem e a mulher seriam os sócios com deveres diferentes... e os filhos, o patrimonio. Resumindo... o dever de uma mulher seria cuidar da empresa e do patrimonio, e o do homem seria dar condições para que isso fosse possível. Tudo isso sem escravidão ou sem superioridade, contanto que cada um fizesse sua parte.
Não estou aqui pra falar se isto é certo ou errado, mas acredito que não sou a única pessoa deste mundo que foi criado com base nesses conceitos. Como este conceito não existe mais, eu decidi a muito tempo ser feliz sozinho.
A sua frase fala tudo "Melhor ser feliz sozinho do que infeliz acompanhado!"
Não vou forçar o impossível... se não encontro uma mulher que teve a mesma educação, paciencia... tenho que viver a vida da melhor forma possível com o que eu tenho em mãos.
Não saberia dizer se as mudanças que houveram em relação aos conceitos de hoje foram positivas ou negativas para a família. O que vejo são mulheres deixando recém nascidos em creche para que possam se sentir realizadas profissionalmente... vejo jovens casados entregando os filhos pequenos para serem educados por estranhos, ou entao deixando com as mesmas pessoas que criaram o conceito moderno...
Posso ter um pensamento "velho", e aos olhos de muitos pode até ser ridículo, mas acredito que os velhos sabiam o que faziam.
A unica certeza que eu tenho, é que eu não quero viver este modelo de familia moderna.
O que me resta é levar uma vida sem sentido algum, da melhor forma possível, e aguardar a chegada do meu fim.
Trágico isso ? De jeito nenhum... Tenho amigos, uma empresa, ganho bem, e não acho tão sofrido quando nos finais de semana fico aguardando o meu fim, cercado por amigos, tomando uma skol gelada a bordo da minha lancha...

Chris Carvalho disse...

Ainda estou tentando descobrir com qual modelo me sinto mais feliz!
Quando percebo que fico mais tempo em compainha do meu notebook e da televisão chego a me preocupar. Mas...

Anônimo disse...

Cris, eu disse que tenho amigos, vivo bem, e sou feliz... mas existe uma distância grande entre felicidade e realização. Se você me perguntar se me sinto realizado, a resposta é não! mas é uma dor suportável. Afinal, qual o sentido da vida ? Creio que seja apenas aprendizado... É muito mais fácil e confortável ter alguém do lado pra dividir nossa vida, mas não é impossível viver só.
Já tive preocupações como as que você está tendo... "poxa, ja estou a 8 horas em frente do computador... po, acabei de desligar o computador e vim direto pra tv... o tempo ta passando e eu nao fiz nada a nao ser rir, e sozinho!" Mas sempre me senti bem fazendo isso... ruim seria passar o dia sofrendo ou fazendo algo que eu não gostaria, ou então agir contra os meus princípios só para me adequar em um modelo do qual eu não acredito.
Como não sou baladeiro, quando não trabalho estou em casa... as vezes eu saio pra tomar umas com os amigos, jogar conversa fora... Quando não chove vou para o clube nautico... mas a maior parte do tempo estou em casa... já rí muito sozinho vendo tv... ja fiquei com cara de bobo olhando para a tela do note... e me divirto até hoje fazendo isso, já virou uma coisa comum, e estou aqui firme e forte. Uma hora você acostuma, rs... só não pode se isolar do mundo.

Olha só que bacana minha teoria... Acredito que a realização é ligada ao instinto, enquanto felicidade é uma coisa momentânea.
Antigamente a maioria dos homens e mulheres eram felizes e não sabiam... Muitos erros foram cometidos... é como dizem, excesso de poder distorce as coisas... os homens abusaram da autoridade, trataram mal, não deram valor para as tarefas que as mulheres faziam tão bem quando assumiam apenas o papel de mãe e da pessoa que mantinha a chama da familia acesa... aí as mulheres começaram a se sentir (e sentem até hoje) inferiorizadas quando se viam como donas de casa... como mães! Achavam que todos os homens eram iguais (acho que os homens até deram motivos pra isso), e que iriam ser escravizadas se não tomassem uma atitude... aí a mulherada se revoltou e saiu nas ruas queimando sutiãs e fazendo uma verdadeira revolução... Começaram a competir no mercado de trabalho, conquistaram sua independência... e hoje que todos nós somos independentes e poderosos, não existe respeito. As pessoas podem até se casar por amor, mas se casam e na primeira briga, vai cada um para um lado pois sao todos independentes, e o que pesa mais... ninguem quer sair por baixo... levam tudo para o lado do "poder", de quem manda mais e de quem pode mais. Não existe mais conversa.
Só que homens e mulheres se esqueceram de uma coisinha que todo mundo leva consigo pela vida toda, e não muda... o instinto de cada um. Realização para o homem sempre foi trabalhar e ter uma família... para a mulher, era ter um cara bom do lado que simplesmente a amasse e cuidasse dela, e desse valor em tudo o que ela fazia pela família.
Hoje o poder bate de frente com o instinto, e assassina a realização. Não existe um equilibrio... e o que chamamos de família, se acabou.
Será que estou fantasiando muito com essa teoria, ou será que ela tem um fundo de verdade ?
Bj

Ricardo

PS: Simpsons é legal para assistir e rir... o homer eh bem idiota. :D

Chris Carvalho disse...

Ricardo me considero uma pessoa feliz, realizada em vários setores da minha vida.
Acredito sim que é possível ser feliz sozinho, mas acredito também no poder da instituição chamada família!
Acredito ainda nas palavras compartilhar, dividir e somar.
Tenho uma teoria que procuro sempre colocar em prática que é não reclamar daquilo que não tenho e sim agradecer pot tudo o que tenho.
Me considero ainda jovem aos meus 36 anos e quem sabe o que a vida me reserva?

Chris Carvalho disse...

Ah e a propósito adoro Os Simpsons! Rs