segunda-feira, 29 de junho de 2009

A Missão

Desde criança, sempre demonstrei instinto maternal. Gostava de brincar de bonecas, passava horas trocando roupa, ninando, colocando as bonecas para dormir.
As vezes tinha as amigas do prédio para brincar comigo, outras vezes uma prima do interior que sempre vinha passar as férias, mas com ou sem compainha, eu adorava as minhas bonecas.
Brinquei até os 13 anos, e nessa época, já adolescente, ficava imaginando como seria quando eu fosse adulta. Me imaginava casada, e com quatro filhos: 2 casais.
Minha mãe sempre ria e dizia: " Quando você tiver o primeiro, vai desistir de ter os outros três". Pareçe até que ela profetizou!
O tempo passou, as bonecas ficaram guardadas e em 2002 finalmente vi meu sonho de criança se materializar. Meu filho muito desejado, planejado e amado nascia, no dia 23 de outubro daquele ano!
Fiquei encantada, foi sem dúvida alguma o momento mais sublime da minha existência! Ver aquele ser perfeito, ali me olhando com uma carinha de anjo!
Logo ao recebe-lo no quarto, pensei nossa, quero mais três!
Mas nem sempre a vida segue o rumo que traçamos. Vieram as dificuldades para conseguir uma boa babá, pois tive que retomar o trabalho aos três meses pós parto ( profissional liberal não goza de licença maternidade! ).
Em um ano e meio, foram simplesmente quatorze empregadas! Na época eu tinha uma cozinheira e uma babá. Quando pensava ter acertado na escolha, vinham os problemas: as duas não se entendiam, ou a babá não tinha disponibilidade para dormir no emprego, ou não cuidava direito de Felipe.
Sofri muito naquela época, e comçei a repensar o número da prole!
Após 5 anos na estrada como mãe, vi meu casamento se desfazer, e o sonho de aumentar a prole ficar ainda mais distante! E Júlia? ( esse seria o nome da filha que gostaria de ter ).
Hoje meu filho está com 6 naos de idade, e tenho plena consciência de que colocar um Ser no mundo é uma grande MISSÃO.
Missão de educar para a Vida, para que ele seja um cidadão feliz e acima de tudo independente, com uma boa formação Moral, cultural e espiritual.
O desejo te ter outros filhos está mais distante, porém está lá no fundo do coração como dúvidas: Será que ainda dá tempo? Será que sou uma boa mãe? Será que vale a pena colocar mais um filho nesse mundo tão difícil? Será que é correto colocar filhos no mundo e não ter tanto tempo para eles?
Enquanto não consigo responder a tantas dúvidas, sigo com minha grande missão: Cuidar, Amar, Educar e Compartilhar momentos com meu único e amado filho!

Um comentário:

3 x Trinta - Solteira, Casada, Divorciada disse...

Oi Chris,

Vc está certíssima: esse negócio de ser mãe não é brinquedo não!!!!

Obrigada pelo comentário e pela visita ao blog, viu?

Beijão,

Bela - A Divorciada